sexta-feira, 16 de março de 2012

Das Vantagens de Ser Bobo


O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector

sábado, 6 de agosto de 2011

Neverland Real

Síndrome de Peter Pan

Trata-se de um conjunto de sinais e sintomas aceita pela psicologia, a partir da publicação do livro do Dr. Dan Kiley (The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Nerver Grown Up).
Como Não apresenta evidências de se tratar de uma doença psicológica real, não se encontra referenciada nos manuais de transtornos mentais.

Esta síndrome é caracterizada por determinados comportamentos imaturos, sejam eles psicológicos, sexuais ou sociais.

Kiley descreve que a tendência do indivíduo é apresentar episódios de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao evelhecimento.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vencer ou Vencer? Eis a questão!!!

Olá pessoas, depois de um longo período de hibernação, estou voltando devagar. Deixo para todos aqueles que acompanham os 'posts', alguns vídeos motivacionais. Bem sabemos que frases, palavras bonitas e imagens por si só não são suficientes para transformar a vida de ninguém, porém se essas associadas às nossas atitudes, à nossa vontade de realização, muito podem contribuir.
Beijos a todos


Cenas do filme a procura da felicidade onde o pai ensina ao próprio filho e a nós de que nunca devemos desistir de nossos sonhos, nem se que aquele sonho impossível, pois na vida nada e impossível se você tiver coragem para encarar e ir atrás de seus objetivos.
 
 
 







domingo, 5 de junho de 2011

Uma Questão de Humildade

Como a Starbucks salvou minha vida

Michael Gates Gill

Depois de perder tudo – o emprego, o status, a família, a saúde –, o futuro parecia sombrio para Michael Gates Gill, ex-diretor de criação de uma grande agência de publicidade. Aos 63 anos, porém, ele teve o encontro que mudaria sua vida: Crystal Thompson, 28 anos e negra, gerente de uma loja da Starbucks, lhe ofereceu um emprego na cafeteria. Ele aceitou.
Num relato comovente, Michael conta sua surpreendente história. Da alta sociedade americana, o ex-executivo levava uma vida cercada de privilégios até que uma seqüência de acontecimentos inesperados – sua demissão, um filho fora do casamento, o divórcio e a descoberta de um tumor no cérebro – o obriga a começar do zero.
Contratado para trabalhar numa loja da Starbucks no Harlem, Michael se depara pela primeira vez com a dura realidade das classes menos favorecidas, o que o leva a fazer um balanço da sua vida, reavaliar seus preconceitos e adotar novos valores. Ele aprende a encontrar satisfação nas pequenas tarefas do dia a dia, a lidar com a solidão e a aceitar as diferenças.
Como a Starbucks salvou minha vida é a história real de um homem que descobriu que a felicidade não está em quanto você ganha ou no cargo que ocupa, mas na capacidade de desenvolver relações verdadeiras e trabalhar com amor.
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Michael Gates Gill tinha tudo: uma bela casa, uma família amorosa e um alto salário como executivo de uma das principais agências de publicidade dos Estados Unidos. De repente, sua vida começa a desmoronar. Ele perde o emprego, se envolve em um relacionamento extraconjugal que leva ao fim do seu casamento e, como se não bastasse, descobre que tem um tumor no cérebro.
Aos 63 anos, divorciado, falido e sem plano de saúde, o futuro não parece lhe reservar grandes expectativas. Sem saber o que fazer, Michael entra numa loja da Starbucks para tomar um café e pensar numa saída para seus problemas. Ele não imaginava que seu destino mudaria a partir daquele momento. A cafeteria estava promovendo um evento para contratação de novos funcionários, e a gerente, Crystal Thompson, uma negra de 28 anos, lhe oferece um emprego.
A partir daí Michael é apresentado a um novo mundo. Ele tem que pegar várias conduções por dia para chegar ao trabalho, onde sua rotina inclui limpar banheiros, varrer o chão e atender clientes de diversas faixas etárias e classes sociais.
Confrontando suas lembranças – marcada por festas sofisticadas e pelo contato com pessoas famosas – com a nova realidade, ele se dá conta de seus antigos preconceitos e adota novos valores. E, à medida que se aproxima de Crystal e dos colegas da Starbucks, percebe, com surpresa, que é muito mais feliz do que antes.
Num mundo em que a felicidade é associada às aparências e às distinções de classe, Como a Starbucks mudou a minha vida mostra que o importante na vida é se dedicar verdadeiramente ao que você faz e desenvolver relações sinceras.

Fonte: Editora Sextante

sábado, 7 de maio de 2011

Complexo de Inferioridade - O Que é Isso?


Uma das queixas mais comuns das pessoas são os conflitos internos e nos relacionamentos causados pelo sentimento de inferioridade. Quantas pessoas não se sentem inferiores aos seus colegas de trabalho? Não buscam uma promoção por não se sentirem capazes? Não terminam um relacionamento destrutivo por acreditarem que não conseguirão ninguém que as trate bem? Estão sempre se comparando ao irmão, irmã, vizinho, tendo a certeza que o outro é muito mais? Outros deixam de trabalhar, sair, viver, tudo porque se sentem inferiores aos demais.
A denominação complexo de inferioridade foi criada por Alfred Adler (1870-1937), médico psiquiatra, para designar sentimentos de insuficiência e até incapacidade de resolver os problemas, o que faz com que a pessoa se sinta um fracasso em todos, ou em alguns aspectos de sua vida. É o que hoje chamamos de baixa auto-estima, que é quando não se tem consciência de seu valor pessoal. A baixa auto-estima pode comprometer todos os relacionamentos, seja pessoal, profissional, afetivo, familiar, social.
Adler afirmava que todas as crianças são profundamente afetadas por um sentimento de inferioridade, que é uma conseqüência do tamanho da criança e de sua falta de poder perante os adultos. O que desperta em sua alma um desejo de crescer, de ficar tão forte quanto os outros, ou mais forte ainda. Ele sugere que existem três situações na infância que tendem a resultar no complexo de inferioridade:
- Inferioridade orgânica:
Crianças que sofrem de doenças ou enfermidades com deficiências físicas tendem a se isolar, fugindo da interação com outras crianças por um sentimento de inferioridade ou incapacidade de competir com sucesso com outras crianças. Contudo, ele salienta que as crianças que são incentivadas a superar suas dificuldades tendem a compensar sua fraqueza física, além da média, e podem desenvolver suas habilidades de maneira surpreendente. Por exemplo, se dedicam a uma atividade física para compensar a deficiência.
- Crianças superprotegidas e mimadas:
Essas crianças podem desenvolver um sentimento de insegurança, por não sentirem confiança em suas próprias habilidades, uma vez que os outros sempre fizeram tudo por elas.
- Rejeição:
Uma criança não desejada e rejeitada não conhece o amor e a cooperação na família. Não sentem confiança em suas habilidades e não se sentem dignas de receber amor e afeto dos outros. Quando adultos, tendem a se tornar frios, duros, ou extremamente carentes e dependentes da aprovação e reconhecimento de outras pessoas. Quanto mais necessidade de ser aprovado e reconhecido pelo outro, mais se desenvolve a necessidade de agradar. Isso faz com que as pessoas deixem de ser elas mesmas, tornando-se o que os outros gostariam que fosse, ou o que pensa que gostariam, reforçando cada vez mais o sentimento de inferioridade, pois não satisfazem a si mesmas.
Não são apenas as situações citadas acima que podem fazer com que a pessoa se sinta inferior, podem existir muitas outras ocorridas durante a infância, mas essas explicam a origem do termo utilizado e podem resultar em isolamento, falta de interesse social e cooperação.
Todos sabemos que não é nada fácil para uma criança com alguma doença ou deficiência física conviver socialmente, pois as crianças em geral são implacáveis em brincar com as dificuldades de seus colegas, gerando vergonha, medo e a necessidade de se isolarem com o intuito de evitar ser alvo de piadas. Diante dessa realidade, é muito importante que os pais apoiem seus sentimentos e não os menosprezem; fazendo-a perceber que há muitas outras qualidades e que seu potencial pode ser desenvolvido. Do contrário, crescerão com muita dificuldade em acreditar em si mesmas, pois irá depender de como cada um irá lidar com esses aspectos.
A superproteção durante a infância pode realmente gerar muita insegurança quando adulto, pois estas pessoas quando crianças não foram incentivadas a acreditarem em si mesmas. Assim, crescem, ainda que inconscientemente, acreditando que faziam tudo por ela por não ter a capacidade de fazer por si mesma. O que não é verdade! Todos temos potencial, a diferença é acreditar neles ou não.
A rejeição, assim como o abandono, também pode gerar o sentimento de inferioridade.
Adler enfatizava ainda a importância da agressão, no sentido de lutar por sua capacidade de superar obstáculos e acreditar em si. Muitas vezes, a agressão pode manifestar-se como poder, superioridade e perfeccionismo, porém a busca pela superioridade como compensação pode tomar uma direção positiva ou negativa. Pode ser positiva e saudável quando motiva para realizações construtivas e na busca de crescimento. Será negativa e destrutiva quando existe uma luta pela superioridade pessoal, dominando os outros através do poder, podendo desenvolver a ambição (busca o crescimento material, deixando de lado pessoas e fatos significativos em sua vida) e inveja (desejando ter tudo o que o outro tem, mas não se sente capaz de conseguir por si próprio); tudo para compensar seu sentimento de inferioridade.
A capacidade do outro sempre é percebida como maior que a própria capacidade, sentindo-se sempre inferior. Esse sentimento pode fazer com que a pessoa se acomode na situação. Ainda que isso lhe traga insatisfação e tristeza, nada faz para mudar, pois não se sente capaz ou com forças.
Muitas vezes nos deparamos com pessoas que demonstram ter uma total confiança em si mesma, mas, se observarmos melhor, perceberemos que na verdade são máscaras para compensar seu sentimento de inferioridade, não refletindo seu verdadeiro sentimento em relação a si próprio, ou seja, sua essência. Mas o que fazer quando somos adultos e sentimos medo, vergonha, ou seja, ainda sentimos essa inferioridade perante os outros? O mais indicado é:
- Evitar as comparações. Ficar se comparando com quem quer que seja não o fará se sentir melhor, pois as pessoas são diferentes, possuem necessidades, desejos e históricos de vidas diferentes.
- Compreenda seu histórico de vida e a origem de seu sentimento de inferioridade. Por qual motivo se sente inferior? Não desista, compreenda suas dificuldades e procure enfrentar cada uma delas.
- Enfrente o medo. É importante lidar e enfrentar o medo que as pessoas ou situações provocam e compreender que a percepção de si mesmo está baseada na conseqüência de fatos que já passaram. Você não pode mudar seu passado, mas pode mudar seu presente.
- Reconheça seu valor. Perceba que seu valor enquanto pessoa não pode e nem deve ser baseado na maneira como foi, ou ainda é tratado, ainda que isso tenha durado toda sua vida. Não permita mais ser desrespeitado ou maltratado. Lembre-se ainda que seu valor deve ser baseado pelo que é e não pelos bens materiais que possui.
- Identifique suas necessidades emocionais. O que você espera receber dos outros pode ser aquilo que não recebeu quando criança de seus pais. Não espere receber dos outros o que só você mesmo pode se dar.
- O que você deseja receber na relação afetiva? Muitas vezes os conflitos gerados no relacionamento têm origem em seu histórico de vida.
- Observe e procure compreender cada um de seus sentimentos. Perceba quando sentir inveja, ciúmes, necessidade de poder ou superioridade. Esses sentimentos podem estar ocultando e compensando um sentimento de inferioridade.
- Aprenda com os erros e não fique se punindo por ter errado, nem se acomode nas situações. Saia de sua zona de conforto e mude o que deseja!
- Valorize sempre suas conquistas! Pare de supervalorizar o que o outro tem ou faz e desvalorizar as próprias conquistas. Celebre sempre!
- Faça psicoterapia. O autoconhecimento obtido através do processo da psicoterapia poderá fazer com que reconheça seus reais valores e liberte-se do complexo de inferioridade que acorrenta e aprisiona.
Por Rosemeire Zago - Psicóloga
Fonte:  http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=08985

domingo, 1 de maio de 2011

Proteção Desprotege ou Saio de Cena

Há algumas décadas atrás, O Tremendão, Erasmo Carlos, lançou a música 'Filho Único', onde parte da letra dizia: '...proteção desprotege e carinho demais faz arrepender...'. Não entendia nada o que isso queria dizer. Fiquei ruminando durante todo esse tempo. Hoje entendo muito bem.
Não apenas no relacionamento mãe e filho, mas em todos os relacionamentos, é necessário que cuidemos do outro, porém não temos o dever e nem o direito de decidir pelas pessoas, de querer ficar vinte e quatro horas a monitorando, etc.
Um bom exemplo é esta leoa e seus filhotes. Eles seguem seu instinto natural, coisa que o homem já perdeu, por ser moldado pelos padrões impostos pelo sistema. Se essa leoa não entender que vai chegar uma hora em que seus filhotes vão ter que aprender a cuidar das suas próprias vidas, certamente ela os perderá muito rapidamente, pois se ela os mimar demais, eles vão se acomodar, fazendo com que se tornem totalmente dependentes. Muitos de nós seres humanos somos assim, queremos viver sendo paparicados, rodeados de pessoas, ser o centro das atenções, etc. Porém, se nos acostumarmos com essa condição, na primeira luta que travarmos contra os inimigos naturais da vida, não vamos saber o que fazer, atribuindo tal responsabilidade para outra pessoa, achando que ela é obrigada a estar disposta não a nos ajudar, mas a resolver por nós. Talvez esqueceram de dizer para uma pessoa que deseja ser estimada por todos que as outras pessoas ao seu redor também têm suas lutas diárias, seus problemas, etc.
O que desejo com isto?
Alertar a respeito de buscar elogios, ser querido por todos, etc. Isso se torna muita pretensão, pois nem Jesus Cristo, um homem que segundo os seus próprios acusadores, não cometeu nenhuma infração, buscou amar ao próximo, etc. agradou a todos, será que temos a pretensão de sermos melhor? E se formos acusados injustamente como esse homem, e se formos traídos como ele foi por Judas, e se formos negados como ele foi por Pedro, será que iremos suportar?
O amadurecimento é necessário a todos nós. Carinho, colo, cafuné... tudo isso é muito bom, mas em demasia, nos torna muito frágeis.
Cuidado com o excesso de elogios, pois eles podem ser a porta para a sua insatisfação futura.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Apostila sobre Ansiedade

Muitos de nossos medos encontram-se atrelados a precauções ultrapassadas; por este motivo, várias vezes reagimos a estímulos de maneiras que nos é prejudicial; o questionamento a crenças pode nos ajudar a evitar fobias e inquietações exageradas.

Existem seis transtornos da ansiedade conhecidos: fobia específica, transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de ansiedade social (TAS) ou fobia social e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Para saber mais baixe apostila com resumo sobre Ansiedade, clicando AQUI